quinta-feira, dezembro 28, 2006

Exposição de Star Wars

Caros Diploartistas
No passado dia 27 fui visitar a Exposição de Star Wars, patente no Museu da Electricidade em Belém.
Aconselho a que os verdadeiros fans da Saga a visitem, mas também que não vão muito emotivos, há partes em que fica um bocadinho a desejar.

(Pastél de Belém = 80 Centimos)

Concelhos:
* Levem a revista "Amo-te" - (encontra-se á porta do Amo-te Chiado, ali perto da FBA, não têm que consumir, a revista está mesmo á porta) e apresentem-na na Bilheteira = Desconto de 1 Euro
* Levar Máquina fotográfica: Tomar atenção á Maquinaria do Museu da Electricidade (grande fontes de concepts)
* Levar Bloco de Notas: para informações variadas
* Levar alguma paciência, e sapatos fechados - Os putos são um verdadeiro problema

Nota: escrevi uma critica á exposição no meu blog, visitem o Rissol

Boa Exposição
Bom Ano Novo

segunda-feira, dezembro 18, 2006

O homem-frango

Há um restaurante, perto do local onde moro, cuja especialidade é o frango grelhado. Com piri-piri ou sem, o serviço take away é muito requisitado neste estabelecimento. Há tempos, reparei no empregado que tinha a função de grelhar os frangos. Ele fá-lo uma série valente de horas por dia, frango após frango a crepitar no carvão. Ele grelha frangos todo o santo dia, seis dias por semana, quatro semanas por mês, onze meses e meio por ano... meus amigos, tanta ave desta nem o Ricardo e o Moretto de braço dado! Ora, o homem brilha diariamente, gorduroso, atrás do balcão do restaurante. Os frangos são, ao mesmo tempo, as suas inocentes vítimas, os seus melhores confidentes (pois presumo que não terá muita disponibilidade para conversar com pessoas) e os seus mais fiéis amigos (por serem eles que lhe garantem o sustento). Reparei neste homem porque acredito que ele próprio se está, a pouco e pouco, a transformar num frango. E se formos a ver bem até há uma explicação algo científica para esta metamorfose suceder: ele ali está de sol a sol a respirar o fumo negro que brota dos animais que tostam na grelha, a brilhar com a gordura galinácea que lhe paira na face, a inalar nitrofuranos e hormonas a cada segundo. Graças a isto, a bizarra transformação teve o seu inevitável início. No outro dia tentei avisá-lo do que se estava a passar. Mostrei-lhe a fotografia que trazia no seu B.I. e comparei-a com o reflexo da sua cara no espelho. Era absolutamente inegável. O nariz estava mais longo e adunco, os olhos maiores, mais redondos e afastados, nos mãos e braços jaziam grandes tufos de penugem branca... Mas ele não me quis ouvir. Deu-me um encontrão violento e atabalhoado, piou qualquer coisa que não percebi e regressou ao trabalho. Pobre alma que flutuava entre duas criaturas distintas, caminhava para a forma definitiva de um frango e nada fazia para o impedir. Desisti da minha missão de o reconverter à raça humana e fui para casa.
Ontem passei pelo tal restaurante e reparei que diante da grelha estava agora um novo empregado de aspecto jovem e sonhador. Também esta brilhava agora, reluzente, no meio do fumo do carvão. Foi então que vi a grelhar uma ave incomum. Era desmesuradamente grande e destinava-se a uma mesa de executivos que celebravam o aniversário de um tal de Almeida da contabilidade. Não pensei muito mais no assunto... Moro numa zona estranha.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Se eu fosse ditador... (homenagem a Ricardo Reis)

Amigo Reis, não sei quanto a ti mas se eu fosse ditador a realidade não seria muito diferente que esta visão que tive. Eu às vezes tenho visões, devo ser especial, algum tipo de profeta ou assim... ou então sou mesmo alcoólico.


Um dia de manhã levanto-me da cama. Saio de casa. Há um buraco no passeio.
Vermelho como um tomate, berro histericamente:
- ENTÃO MAS NINGUÉM VÊ ESTA POUCA VERGONHA?!!
As pessoas páram atordoadas e há quem pergunte:
- Oh André, não se enerve. Deseja que ligue para a Junta?
Ordeno eu a berrar:
- QUAL JUNTA QUAL QUÊ?!! EU QUERO AQUI, AMANHÃ, É O CARMONA DE JOELHOS A ENCHER ISTO DE ALCATRÃO!!!

No dia seguinte, saio de casa e lá está Carmona a fazer o que eu ordenei. Dou-lhe uma palmada na cabeça e berro-lhe ao ouvido:
- MUITO BEM, MEU MENINO!!! QUERO ISSO PRONTO ANTES DO MEIO-DIA!!!
- Está bem, está bem, André. - diz Carmona, submisso e a tremer.
É então que reparo nas pedras da calçada que estão fora do sítio e berro novamente:
- AMANHÃ QUERO AQUI O PRIMEIRO MINISTRO A ALINHAR AS PEDRAS NO SEU MELHOR FATO DA ARMANI!!! DE JOELHOS!!!

Ao terceiro dia deparo-me com Carmona e Sócrates a trabalhar com afinco.
- Decidi aproveitar e alcatroar esta estrada toda, André. Não se enerve, está bem? - Carmona justifica a demora na conclusão da obra.
- ESTÁ BEM!!! - berro eu.
Dou uma palmada na cabeça de Sócrates e berro-lhe ao ouvido:
- QUERO ISSO PRONTO ANTES DO MEIO-DIA!!!

Ao quarto dia, saio de casa satisfeito. A rua está bonita e limpinha, parece nova. É nesse momento que reparo que a fachada do meu prédio precisa de uma pintura nova. Quando me preparo para berrar, um dos transeuntes diz, receoso:
- O presidente da república já vem a caminho com dois baldes de tinta, André. Não se enerve.
Eu deixo passar...

Ao quinto dia, saio cedo e já está Cavaco Silva pendurado nos andaimes a dar a primeira demão. Deixo-lhe uma sandes de mortadela e uma média cá em baixo para o pequeno almoço e vou-me à vida.

Ao sexto dia, ainda está ele a dar a primeira demão. Atiro-lhe um a pedra e berro:
- ENTÃO ISSO É PARA ESTE SÉCULO OU NÃO?!! NEM ESTOU A VER ESSE FATO MACACO MANCHADO, MEU CALINAS!!!
- Oh André, desculpe. Não se enerve. - suplica Cavaco Silva, do cimo dos andaimes - É que eu já tenho idade e sozinho não consigo. Só se pedir à minha esposa que me venha carregar os baldes cá para cima... o André é que sabe...
Berrei então:
- CHAMA-SE MAS É O KOFI ANNAN PARA TE DAR UMA MÃOZINHA!!! ESSE TAMBÉM É UMA RICA PRENDA!!!
E alguém se encarrega de telefonar para a sede da ONU a mandar vir o homem.

Ao sétimo dia, saio de casa e lá estão os dois a dar no duro. Penso para mim que uma fachada pintada de novo está mesmo a pedir janelas novas. Porque sou um bom ditador e não quero sobrecarregar os meus escravos, ordeno que chamem W. Bush.
- ELE QUE PONHA CAIXILHARIA DE ALUMÍNIO!!! - berro eu.

Ao oitavo dia, Cavaco Silva e Kofi Annan despedem-se de mim com variadas vénias, deixando Bush a trabalhar nas janelas.

Ao nono dia, prego-lhe uma palmada na cabeça com força extra e berro-lhe em bom português:
- VAMOS LÁ A ANDAR, MEU MENINO!!! VÊ LÁ SE QUERES QUE TE PONHA NO MEIO DE UM COMÍCIO DO BLOCO DE ESQUERDA COM UMA CRUZ SUÁSTICA PINTADA NA TESTA!!!
Ao ouvir estas palavras incentivadoras, o presidente dos Estados Unidos triplica os esforços. Sou mesmo um líder nato.

Ao décimo dia, deixo-me ficar a descansar sentadinho numa espreguiçadeira, na varanda da minha casa. Beberico um Tequilla Sunrise, com direito a enfeites e tudo, e abstraio-me dos nervos da semana. A vida é mesmo boa.

sábado, dezembro 09, 2006

Exposição do IMAGINArte 2: a sequela

Depois da exposição na galeria da AEFBAUL, o IMAGINArte (núcleo de ilustração, banda-desenhada e argumento da FBAUL) está agora na sala de convívio da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Dentária, e aí deverá estar durante todo o mês de Janeiro. Os trabalhos expostos são os mesmos que na exposição anterior, com poucas ressalvas dada a falta de espaço e de recursos. No entanto, estão todos convidados a dar um saltinho a este espaço simpático que acreditamos muito ter ganho com as nossas obras. Quero dar os meus parabéns a todos os membros por tornarem possível, mais uma vez, algo de que o nosso núcleo se pode orgulhar.
Aqui ficam algumas fotos exemplificativas do processo de montagem e da sua conclusão.
Obrigado Mima, Reis, Sónia e Sofia!






2001: Odisseia mais ou menos no mesmo

Acho caricatos os objectos com "aspecto futurista". São sinal do nosso extraordinário progresso tecnológico e humano. No entanto, esse "aspecto futurista" muitas vezes não passa de um embuste, de uma série de ornamentos que não são muito diferentes daqueles usados na era barroca, não servem para nada senão para enfeitar. Outro dia peguei numa pequena caixinha de metal que ostentava várias bolas coloridas como decoração, parecia uma nave espacial em miniatura. Se alguém visse este objecto há cinquenta anos atrás e lhe fosse dito que era do ano 2006 o indivíduo em questão começaria de imediato a imaginar milhões de significados e funções mirabolantes para aquelas bolinhas coloridas: que serviriam para comunicar em código, para levitar os sofás da sala e alterar a decoração ou para controlar na perfeição o robô particular.
Onde eu quero chegar é que, na minha opinião, as pessoas sempre tiveram espectativas demasiado elevadas em relação ao novo milénio. Na minha opinião não! Isto é mesmo assim! Na antiga série de televisão "Espaço 1999" (e atenção que se referia apenas a 1999) haviam estações espaciais, automóveis voadores, máquinas de teletransporte... o engraçado é que estes visionários realmente acreditavam que por esta altura já teríamos tudo isto e muito mais. Surge-me na mente o seguinte diálogo entre dois argumentistas da série:
(argumentista visionário)- Bom, agora este indivíduo vai para a estação lunar à base de teletransporte... escreve aí à máquina... te-le-trans-por-te...
(argumentista mais céptico)- Tele qué? Tu tens cá uma imaginação... passa-me a borracha de tinta que já me enganei. Alguma vez havemos de ter isso do teletransporte... pffff
(argumentista visionário)- Mas tu és parvo ou quê?! Claro que vamos possuir o teletransporte. Estou certo que surgirá logo a seguir a estabelecermos um parque de estacionamento para automóveis voadores nos anéis de Saturno. Vai ser canja. Ó pessoal! Aqui este palerma não acredita na invenção do teletransporte!! AHAHHAHHA!
(pessoal em coro)- AHAHAHHAHAHAHHAHA! Realmente... que palerma!!!!
No entanto, estamos praticamente no final do ano de 2006 e eu nunca vi nenhum automóvel voador. Na realidade, os únicos automóveis voadores que neste momento podemos observar são aqueles que sobem pelos ares sempre que há um tufão dos fortes. Tufão esse gerado pelo verdadeiro progresso da Humanidade: o progressivo destruir do planeta Terra. Isso sim é obra feita!
Como começamos a sentir-nos envergonhados por não conseguirmos corresponder às premonições dos nossos antepassados vamos desenhando torradeiras ou frigoríficos que podiam perfeitamente figurar em filmes de ficção científica do antigamente. Estes novos aparelhos não fazem mais que torrar pão ou conservar os alimentos, coisa que as maquinetas barulhentas do passado já faziam, mas têm melhor aspecto. Está, por isso, na altura de ajustarmos as espectativas ao mundo real e à realidade da condição humana... se daqui a cinquenta anos existirem sofás com latas de cerveja e tacinhas de acepipes incorporadas já me darei por satisfeito. Isso sim seria evolução!

domingo, dezembro 03, 2006

O Falsista do Saldanha

Quando eu era miúdo era demasiado tímido e envergonhado. Falava de soslaio para as pessoas e digamos que não era muito amigo de as olhar nos olhos. O meu pai discutia constantemente comigo para eu não ser assim, para me tornar mais desenvolto e sociável, para não permanecer eternamente encerrado numa concha... E foi assim que nasceu o drama de muitos e muitos transeuntes das ruas de Lisboa. Em criança, quando um estranho me abordava para perguntar as horas ou alguma indicação, eu soltava um guincho agudo e corria passeio acima espavorido como um esquilo. Mas graças às contendas com o meu pai eu sentia que tinha de mudar esta maneira hermética de ser. Afinal o que se pretendia era que eu fosse educado e maduro, que transpirasse civismo, que ajudasse o meu próximo como se de um familiar se tratasse. Mas, a verdade é que ainda hoje fico nervoso quando alguém me aborda na rua para perguntar uma direcção... não consigo raciocinar, a língua torna-se cortiça, abro a boca e balbucio: "- É sempre em frente...", fazendo o gesto respectivo com a mão. Normalmente costuma resultar, as pessoas agradecem-me sorridentes e eu sinto-me bem na ilusão de ter ajudado alguém a chegar ao seu destino. No entanto, a pouco e pouco, a consciência começa a consumir-me e, no fim, só resta o terrível arrependimento. Não o consigo evitar, não importa se sei ou não sei para onde o pobre cidadão se quer dirigir, se tem de apanhar transportes para lá chegar ou se está a cinco metros do local exacto e não sabe. Da minha boca e postura erecta só saem as palavras tremidas: "-É sempre em frente...", e depois com a mão o gesto respectivo. Quando não me encontro em Lisboa tudo é mais fácil, digo "- Não sou daqui, peço desculpa." e fica o assunto arrumado. Mas na capital há algo supraterreno que assume o controle do meu corpo, algo demasiado terrível e demoníaco para o conseguir explicar. Parece que já se fala de mim por aí, mas ninguém sabe ao certo quem eu sou. Tornei-me numa espécie de mito urbano: o Falsista do Saldanha, dizem eles. Alguém que engana as pessoas nas indicações e as obriga a faltarem a reuniões importantes, a gastarem mais dinheiro de gasolina, a perderem grandes negócios... o Falsista do Saldanha é portanto responsável pelo aumento do desemprego, subida constante do preço do petróleo, guerras pelo mundo fora, grande parte da carreira da Ana Malhoa, etc.
As autoridades estão perto de me descobrir... sei que o fim está próximo e que um dia destes serei capturado. Bem o mereço.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Uma Aventura nas Finanças

A minha aventura de hoje.

Cheguei ao Barreiro, apanhei o autocarro e fui até às Finanças tratar da alteração do domicilio fiscal, informando as Finanças da aquisição de um imóvel, assim como requerer a isenção do imposto sobre os Imóveis (o IMI).

Cheguei lá eram 14h e cinco minutos, e dirigi-me ao balcão para tratar do mesmo, só que já estavam duas pessoas à minha frente. Reparem que as Finanças abriram às 14h e já estava pessoas á minha frente (reparem também que a função pública farta-se de trabalhar.. Abrem as 9.30 fecham ao 12.30, abrem as 14h .. fecham ás 16h)

As duas pessoas foram atendidas e chegou a minha vez. Falei com a senhora e deu-me logo todas as indicações, mostrei a escritura, tirou os dados do imóvel, procurou no computador e terminou da seguinte forma:
"Aqui tem aqui este papel que é o pedido de isenção do IMI, agora só tem que ir àquele balcão e adquirir o modelo I do IMI e preencher. Depois trá-lo mais estes dois papeis que tem de ir buscar ao Largo das Obras, junto da Quimigal. São as plantas do andar, e a licença de utilização do mesmo. Depois trás tudo e acabamos de preencher a papelada."

Lá fui eu, até ao Largo das Obras, ao Gabinete de Gestão Urbana, tirei a senha, estavam dois empregados a não fazer nenhum, e apenas um outro a trabalhar

(Hora prevista de Atendimento ás --:-- )

Fui atendido por uma senhora e lá preenchi (mais) um papel a pedir a tal Licença de Utilização do Imóvel, e outro papel para as plantas. Fui finalmente à Tesouraria pagar (13.65€) e posso lá ir buscá-las daqui a 10 dias úteis .. ou seja .. na semana do Natal (?!?)
- Como adoro a Burocracia -

>Agora a Versão RPG<

Ia eu no meu MimaMóbil, em busca da gruta do Lendário IMI (Impressionante Monstro Infernal), quando dois seres das profundezas se atravessaram no meu caminho, com algum esforço, consegui atravessar a prova e encontrei um Mago Lendário, que ao ver que tinha conseguido superar a prova e trazer até ele a Sagrada Escritura, me disse:
"Super Mima, para enfrentares o poderoso IMI, precisas de adquirir as Plantas Mágicas e o Segredo de Utilização, no assombrado Largo das Obras"

Peguei nas indicações do Mago e dirigi-me ao misterioso Largo, pelo caminho ainda parei para ingerir uma provisão, para ficar pronto para qualquer perigo.

Chegando ao Largo, vi logo a Torre da Con-Gestão Urbana, consegui ludibriar o mostro porteiro, e cheguei ao patamar onde se encontrava o Monstro das Plantas. Entretanto ainda tive de passar por uma série de armadilhas temporárias, e uns quantos obstáculos logísticos. Mas no final enfrentei-o. Foi uma luta difícil, mas consegui batê-lo.

No final, ele não tinha nenhum tesouro, mas tinha sim uma chave com um numero 10 gravado. Numa pequena sala ao lado, estava uma arca, selada, experimentei a chave, rodava mas não abria, parecia fechada por magia…

O nosso Caro Presidente André Oliveira fez anos. Para ele fica aqui ilustrado um dos momentos da sua vida.
Os nossos Parabéns André .. Salvé André

quinta-feira, novembro 30, 2006

O manueluisgouchómetro

Outro dia, houve alguém que declarou que cada um de nós tinha um pouco de Manuel Luís Goucha dentro de si. Num ápice, esmurrei essa pessoa com violência e silenciei-a para sempre. Esse alguém chegou mesmo a sugerir a invenção de um aparelho medidor de manueluisgouchice em nós: o manueluisgouchómetro. Eu, da minha parte, violentei essa pessoa porque não admito qualquer parcela de manueluisgouchismo na minha pessoa.
E porquê? Porque eu sou adepto da teoria que Manuel Luís Goucha, o autêntico, está amarrado e amordaçado nas caves dos estúdios da TVI. Onde está aquele senhor de bigode hirsuto e olhar altruísta que nos quis encher de saúde ao ensinar-nos a confeccionar saborosos doces sem açúcar? Onde está o simpático e extrovertido anfitrião que abria os braços a milhares de donas de casa, todos os dias na sua Praça da Alegria na RTP1? Não está! Não está porque foi raptado por Manuela Moura Guedes e seus comparças de modo a arruinar de vez a grande fonte de audiências do canal rival na altura. Prenderam o pobre Manuel Luís, retiraram-lhe amostras de cabelo, dentes e unhas, mediram-no da cabeça aos pés e contruiram um robô coberto de silicone e pintado a aerógrafo, igualzinho ao modelo original. O canal do estado teve então de se contentar com Jorge Gabriel enquanto este não se torna definitivamente treinador de futebol e patrão máximo da equipa principal do Sporting (MEU DEUS QUE CHEGUE DEPRESSA O DIA!!!). Ora, este novo Manuel Luís Goucha foi programado para ser tudo o que o outro era mas elevado à máxima potência: nos gestos, no cabelo, nos óculos e nas roupas. Arruinou-se assim a imagem de um homem que era minimamente sério. Hoje, quando se pensa em Manuel Luís Goucha pensa-se num tipo já entradote com cabelo pseudo-fashion, uns óculo de massa gigantescos e uma fatiota colorida provavelmente produzida a partir de uma toalha de mesa com motivos natalícios, que se bamboleia aos guinchos à frente das câmaras enquanto anuncia a próxima banda de música popular ligeira.
E vem aquela outra pessoa apregoar a invenção de um manueluisgouchómetro para medir a parcela desta personagem em cada um de nós... É preciso atrevimento!

quarta-feira, novembro 29, 2006

Acta Semanal 29 Nov 2006

Últimas Reúniões
- Exposição na Faculdade de Medicina Dentária (Próximas semanas)
(Se tens ilustrações novas, ou desejas alterar a que apresentaste, contacta o nosso Presidente André Oliveira)
- "O Espaço do Raimundo"
Criação de um novo espaço (workshop) conduzido e supervisionado por Raimundo Pousada, onde serão propostos uma série de exercicios rápidos, que apelam ao desenvolvimento criativo e do desenho.
- Ilustrações e BD "Manhosas" para a BD Voyeur
[[Atenção: Os trabalhos devem ser entregues na próxima semana]]
(Nota: termo "Manhosas" apadrinhado por Miguel Marreiros)
- Espaço na Casa Fernando Pessoa
Organização do espaço a cargo de Miguel Gabriel.
Procuram-se sugestões para a organização da mesma
- Proposta de um Workshop de Banda Desenhada e Narrativa Visual (Story Telling) conduzido por Ricardo Reis, para data ainda a marcar.
(Nota: o mesmo criou recentemente uma Galeria no DeviantArt, visitem)

A queda livre de um mito

Eu tenho um grave problema pessoal com o Eusébio.

Quando eu digo Eusébio refiro-me ao "EUSÉBIO", Eusébio da Silva Ferreira, o Pantera Negra, glória maior do meu Benfica e também do desporto nacional. Eu sei o nome completo dele mas ele não sabe o meu, o que na minha ideia não é nada bonito. E não é bonito porque ele é directamente responsável por dois dos momentos mais humilhantes de toda a minha vida.
Lanço aqui o repto: - Eusébio, se eu me tornar um falhado a culpa não será minha mas exclusivamente tua! Agora vive com isso!
Eu acho que ele nem se importará com esta triste premonição. Passo a explicar porquê...

Num flashback até ao ano de 1995, o pequeno e anafado Andrézinho dirige-se ao Estádio da Luz para assistir a um jogo de antigos maestros do "desporto rei", ladeado do pai e do avô. O pequeno e anafado Andrézinho respirava futebol a cada minuto, benfiquista convicto endeusava o grande Eusébio. Foi uma tarde bem passada, com muita alegria e excitação à mistura, pode dizer-se que a criança estava no seu "happy place". No final da partida, o pequeno e anafado Andrézinho mais meia dúzia de rapazinhos procederam à habitual "caça ao autógrafo" e o seu alvo era um e só um: o rei Eusébio. Nenhum de nós levava um bloco próprio para o efeito, tudo o que tínhamos era um punhado de folhinhas soltas para receber a assinatura do nosso ídolo. Mas isso não fazia esmorecer em nós, jovens de sorriso aberto e olhar decidido, a vontade de homenagear alguém que morava nos nossos corações.
- Ali está ele! Sigam-me! - dizia o pequeno e anafado Andrézinho enquanto começava a correria, coisa que, dada a sua condição física de badocha, não efectuava por qualquer pessoa. - Ali está o nosso amigo! O nosso Eusébio! O MAIOR!
Corríamos para ele, como que em câmara lenta, soltávamos gargalhadas e estávamos felizes...
Foi então que Eusébio, com maus modos, nos afastou a nós anjinhos de olhos lacrimejantes e disse no mais perfeito criolês:
- Más vocês trazem aqui fôlhas sôltas pára eu ássinár! Eu não ássino em quálquer côisa!
Ora, tirando um agente imobiliário que lá se encontrava disfarçado de criança a pretender a assinatura de Eusébio em papéis legais para lhe usurpar a casa, todos os miúdos ficaram muito desiludidos. O pequeno e anafado Andrézinho teve de contentar-se com assinaturas de figuras menores da História do futebol como José Augusto, Bento ou Di Stefano... enfim, uma miséria. Porém, não desistira do seu objectivo. O pequeno e anafado Andrézinho entendera que o grande Eusébio só iria escrever-lhe uma dedicatória em papel bordado a ouro e com selo real... do Condado Portucalense, coisa portanto para ter uns séculos. A família da criança providenciou prontamente um bloco com papel desta natureza. Os seus pais venderam o carro e as propriedades, os seus avós passaram duas temporadas em França na apanha da maçã e o pequeno André perdera a alcunha de anafado ao passar três anos a alimentar-se apenas de laranjas... tudo para conseguir a verba necessária. Quatro anos mais tarde, o jovem André desloca-se novamente ao reino das águias para ver o Benfica treinar e conseguir o tão desejado autógrafo. Com aquela idade os rapazes perseguiam miúdas ou torturavam pequenos roedores... o jovem André não. O jovem André só pensava em obter a assinatura do Pantera Negra. Eusébio lá estava no relvado, fingindo que auxiliava o treinador, a efectuar tão bem a sua tarefa de estar sentado no banco a não fazer nada. "- Lá está ele!" - pensava insistentemente o jovem André já entusiasmado. No final do treino, o assédio à velha glória começava a condensar-se junto à saída do relvado. O jovem André aproveitava-se do facto de ter mais meio metro que a maioria dos caçadores de autógrafos lá presentes para conquistar, à base de lambada, o primeiro lugar do grupo. Eusébio recolhera-se nos balneários, os minutos passavam e ele não aparecia. O desespero parecia querer apoderar-se mas o jovem André resistia-lhe como um guerreiro. Foi então que, como Luís de Matos vindo do nada, Eusébio apareceu exibindo as duas mãos envoltas em ligaduras. Dizia, solenemente, que não iria poder assinar um único autógrafo. Eusébio estava portanto a tentar convencer os seus fãs que partira as duas mãos enquanto as conservava nos bolsos do blusão e repousava no banco de suplentes durante o treino. Foi aí que o jovem André disse "- BASTA!". Talvez se se tivesse feito acompanhar de uma grande embalagem de tremoços e a oferecesse a Eusébio para que fizesse uma mariscada com a família e os amigos... talvez assim tivesse conseguido aquilo para o qual tanto lutou.

Estas histórias são verdadeiras e, apesar disto poder surpreender a maioria dos leitores, eu fui o pequeno e anafado Andrézinho e, mais tarde, o jovem André. Tenho andado em terapia desde então, embora confesse que os progressos não têm sido significativos. Este homem é responsável por todo o meu historial violento e indigno, por todas as minhas fobias e pelos pesadelos sem fim. Odeio-te Eusébio.

sexta-feira, novembro 24, 2006

O sonho mais estúpido do mundo

Solicita-se desde já às pessoas sensíveis, com possíveis problemas cardíacos ou simplesmente dados a enjoos que não leiam o seguinte post. Muito Obrigado.




Uma vez sonhei que tinha uma filha, e essa filha era um cubinho de Carne de Porco à Alentejana. Lembro-me que, no sonho, estava sempre a tentar não me esquecer que aquele cubinho de Carne de Porco à Alentejana era a minha filha e que não podia ceder à tentação de o comer. Transportava-o no bolso do casaco para todo o lado. Até que, e porque mesmo nos sonhos tenho uma vida demasiado stressante e frenética, lá me esqueci que carregava comigo um descendente e mastiguei o cubinho de Carne de Porco à Alentejana... que era, para todos os efeitos, a minha filha legítima.
Acordei de rompante, estremunhado e bastante confuso. No dia seguinte era oficial: tinha tido o sonho mais estúpido de todos os tempos e só não permiti que figurasse no Livro do Guiness porque tive vergonha. E eles bem me tentaram convencer acenando com milhões de contos, na altura. A partir daí marquei uma série de consultas, efectuei muitos exames com montes de eléctrodos fixados na cabeça, testes psicotécnicos da mais variada natureza... o resultado era sempre o mesmo: era-me sempre dito que eu não passava de um ser humano normal, que não estava a ficar demente e que não havia razão para me preocupar. Mas eu não acreditei numa só palavra.
Ninguém tem um sonho em que carrega no bolso do casaco a sua filha que é, por sinal, um cubinho de Carne de Porco à Alentejana e não está simultaneamente a caminhar a passadas largas para uma maca num quarto almofadado. Continuei portanto a minha busca pela terrível explicação deste facto doentio. Consultei inúmeros livros de significados de sonhos e o resultado era um e só um. Na letra F, em "Filha que se carrega no bolso e que é, por sinal, um cubinho de Carne de Porco à Alentejana" o significado era sempre igual: "Não tem qualquer significado. Você é, no verdadeiro sentido da palavra, uma besta e uma ameaça para a sociedade. Deve ser internado imediatamente ou queimado vivo. Um dos dois serve."
Escusado será dizer que foi uma fase bem triste pela qual passei... Felizmente não mais voltaria a sonhar nada do género.

Afinal porque fui eu sonhar que tinha uma filha?? Isso é que não faz sentido absolutamente nenhum!!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Boogie men


Foi me pedido para criar uns personagens para o projecto do jogo.
A minha única restrição era o tema: "medo do escuro".
Como ainda não há argumento definido nem qualquer outro parâmetro do jogo, toda a equipe criativa tem uma grande liberdade. De qualquer maneira gostava de mostrar aos meus colegas e companheiros que já me ajudaram bastante em situações passadas. Não estou inteiramente contente com estes "bonecos" e por isso gostava de ouvir umas críticas (constructivas de preferência).
Muito obrigado, abraços e beijinhos.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Descubra as diferenças!


Descubra-as se conseguir...
Eu, assim do nada, identifico logo duas: no desenho não parece que acabei de beber dois pacotes de litro de "Casal da Eira" e o pessoal da fotografia parece muito mais rufia...

quinta-feira, novembro 16, 2006

A carripana de Satanás!

Deus abençoe o comboio e o metro.

Não sou religioso nem nada, mas se sempre fôr verdade a existência de um Todo-Poderoso tenho a certeza que no céu a rede de transportes se resume a estes dois. Lá em baixo, o mafarrico diverte-se a observar os pecadores passearem de autocarro.
Eu ODEIO os autocarros e a mim ninguém me convence que não são obra de Satanás!
Para já são cor-de-laranja que é, como todos sabem, a cor por excelência das labaredas.
Depois, elaboram sádicos jogos mentais connosco. Por exemplo: passam três dezoitos em filinha indiana, e depois os coitados que não os conseguiram apanhar têm de esperar quase uma hora ao frio debaixo daqueles tejadilhos singelos até que outro se digne a aparecer. O único golpe de misericórdia é aquele banquinho manhoso de lata que normalmente tem sempre lá sentada com as pernas abertas uma velha gorda com dois sacos do Minipreço.
Outra: tenho falado com muita gente do ramo da física e de outras ciências e eles juraram-me que não há razão natural para que os autocarros abanem tanto provocando assim violentos embates entre seres humanos. Foram os próprios especialistas que afirmaram com convicção: "Oh André... segundo os nossos gráficos e equações de vigésimo grau isto só pode ser coisa do Belzebu!".
E mais: não só temos de suportar tudo isto como ainda somos obrigados a pagar bilhete. Bilhetes esses que não só são caros mas também têm dois lados a picar de modo a prolongar o sofrimento.
E esta história de porem setes antes dos números das carreiras, na minha ideia, está associado à numerologia com o intuito de oficializar o significado maligno destas bestas mecânicas de tortura.
Felizmente ainda há quem combata pelo bem e contrarie o terror espalhado pelo Chifrudo. Gente que dos seus bonés postos de lado, brincos dourados e olhar agressivo não só se recusa a pagar os bilhetes como ainda se entretem a vandalizar e a partir peças desdes transportes macabros. Glória e longa vida a essa brava e iluminada gente! (agora, o leitor de mp3 realmente faz-me falta e se algum de vocês tiver lido este disparate e o puder dispensar só durante uma semana, ou semana e meia vá, até eu arranjar um novo agradecia imenso...podem ficar com a carteira.)

Acta Semanal 16 Nov 06

Últimas Reuniões
- Entrega de alguns trabalhos para a exposição na Casa Fernando Pessoa, e alargamento do prazo de entrega em uma semana.
- Reunião entre Directores do Exercício Piloto do videojogo. Eis a Ficha Técnica:

IMAGINArte
Organização para o exercício piloto e datas

Director Geral - André Oliveira

> Argumento
Director de Argumento - André Oliveira
Argumentista - Maria Reis

> Concepts de personagens
Director - Ricardo Correia
Line Arte – João Leal / Andreia Coutinho (15 a 22 de Novembro)
Arte Final – Roberto Miquelino (22 a 25 de Novembr0)
Cor – João Monteiro (25 a 30 de Novembro)

> Concept de Cenários
Director - Miguel Gabriel
Line Arte - Miguel Marreiros (15 a 22 de Novembro)
Arte Final – Ricardo Reis (15 a 22 de Novembro)
Cor – Cristiano Baptista (15 a 22 de Novembro)

- Encontro com Geraldes Lino
- Tentativa de foto de Família - Fotografias individuais para o site

Foto tirada por Miguel Marreiros, durante uma reúnião.

Em processo
- Reunião com Jorge Machado Dias
(Revista BD Voyeur e IMAGINArte em conversa sobre um protocolo que permitirá novo projecto ao nível da BD Erótica).

quinta-feira, novembro 09, 2006

O Coliseu da tortura

Nos últimos tempos, muita gente se tem dirigido a mim para fazer a pergunta pertinente:
- Oh André! Qual a tua opinião acerca da disposição dos espectadores na sala de espectáculos do Coliseu dos Recreios?
Eu decidi aqui deixar o meu testemunho para não mais ter de o repetir.
"Acho que é a prova mais evidente da hipocrisia e mesquinhez humana."
Passo a explicar...
Há poucas semanas dirigi-me ao local em questão para assistir ao musical "Cats". Não sou grande adepto de musicais, confesso. Tenho uma tendência estúpida para achar pouco digna a ocupação de um indivíduo, que se bamboleia alegremente na sua vestimenta de spandex, perante mim que estou confortavelmente sentado e sereno mesmo à sua frente. Tudo isto para que eu dê por bem gasto o dinheiro do bilhete. Apesar de achar estúpida esta tendência ela lá me ocorre sempre que assisto a um musical.
Mas, adiante...
Entrei na sala de espectáculos e dirigi-me à plateia onde estava o lugar que me tinha sido oferecido. E lá repousei, observando as movimentações. Estava perto do palco, estava-se agradável, confortavelmente sentado, estava bem disposto... senti-me agradecido por me ter sido proporcionado o melhor dos assentos.
Foi aí que começou o disparate...
Reparei num grupo de pobres coitados cujos bilhetes davam acesso a umas cadeiras mesmo ao lado do palco. Mergulhados na mais pura miséria, viam-se obrigados a transgredir as regras da anatomia humana e rodar o pescoço numa rotação de 180 graus para poderem observar alguns actores de perfil. Custou-me a acreditar que aquela era para eles uma noite de lazer, para escapar aos impropérios do dia-a-dia.
"Devem ter optado pelos bilhetes mais baratos." pensei eu. Mas mudei de ideias ao avistar os camarotes.
Lá dentro, as pessoas definhavam num festim deprimente. Alguns pareciam saídos de um filme de guerra, enterravam os olhos em binóculos e pareciam fazer sinais com os dedos para as tropas avançarem. Na realidade, acho que só estavam a confirmar para a família que não se iria mesmo conseguir ver nada. Pareciam toupeiras esquecidas no escuro, destinados a jogar às cartas para passar o tempo durante a peça.
"Não! Estes ainda devem ter pago menos!" concluí eu.
Foi aí que entendi o quão repugnante é esta tramóia. Podia ter-se ido mais longe mas talvez aí se ferissem susceptibilidades. Eu acredito que mesmo quem queime violentamente os globos oculares ao tentar identificar os pontinhos de cor saltitões que brilham na linha do horizonte tenha pago uns 15 euros. Mas não podiam haver lugares de 5 euros? Ou de 3? De 1 e meio? Lugares em que os espectadores fossem violentamente açoitados com correntes de gado enquanto assistiam aos espectáculos. Ou fossem obrigados a usar auscultadores com a voz de João Malheiro a comentar os vestidos da última festa da revista Caras. Ou tivessem ao lado empregados do Coliseu mascarados de personagens do Senhor dos Anéis a berrarem sem parar "-MAS PORQUE É QUE NÃO DERRETEM ESTA MERDA DE UMA VEZ??!!". É que, na realidade, a ideia é fazerem-nos sofrer por querermos pagar menos, ou a partir o pescoço ou a perder a vista. Se é assim porque não o assumem e chegam aos extremos, para variar. Ao menos as pessoas tinham direito de opção.
Vamos parar com esta hipocrisia, meus amigos. Vamos acabar com a mesquinhez que impera neste "Coliseu dos Receios"... É preciso permitir ao povo escolher livremente.
E PORQUE É QUE TENHO DE SER SEMPRE EU A DAR AS BOAS IDEIAS?!

terça-feira, novembro 07, 2006

Fernando Pessoa .. Esse báu de palavras

Problemas de Inspiração
Para aqueles que estão com falta de inspiração pra o trabalho de Fernando Pessoa, é vos deixado aqui um site onde poderão encontrar uma imensidão de textos do mesmo. O site define-se como: "apenas 1040 poemas de Fernando Pessoa"

Opinião da Semana:
"Gostava que vissem o site que falei na reunião, como base para o que podemos fazer com o nosso - http://www.glowingraptor.com/" - Ana Baptista


Reúniao de 6 Novembro

- Avanços na proposta de Exercicio Piloto, criação de argumento e conceitos de cenários base para o mesmo: Teatro/Hotel
- Workshop sobre Arte Final por Ricardo Correia
- Conversa com o membro Raimundo Pousada sobre Ilustrações e Personagens - "Desenhar em todo o lado e Avacalhar"

-
Ilustrações de Fernando Pessoa - Deadline 15 Novembro - Sem excepçoes

Proxima Reúnião 8 Novembro
- Workshop de Pintura Digital por Miguel Gabriel

segunda-feira, outubro 30, 2006

Obrigado, Adagio!

Ainda no outro dia, peguei num iogurte líquido Adagio e fiquei estupefacto... em silêncio... como se tivesse acabado de assistir à anunciação divina.
O iogurte continha no seu rótulo não só uma atraente e colorida imagem de uma meloa mas também, e para além das informações calóricas e dos ingredientes, apresentava um pequeno texto explicativo de o que é, na realidade, uma meloa. Informação preciosa para os leigos e não só, este texto elucida o bebedor de iogurte líquido de questões tão pertinentes como o contexto histórico da descoberta da meloa ou da zona do globo de onde é originária... Com base nestes dados, e acreditando que todos os iogurtes Adagio oferecem o mesmo tipo de informação adjacente a cada fruto, desde o alperce à manga, eu senti-me em êxtase criativo.
Existe então uma esperança para o nosso sistema de educação!! Isto é gente amiga e altruísta que se apoia no seu génio e intelecto superior em benefício da Humanidade!
Agora, uma criança que bebe um iogurte líquido de meloa pode saber que este fruto veio da Nova Zelândia no séc XIV, a que família da flora mundial pertence e qual o seu peso médio... resumindo, muito brevemente sairá uma valente fornada de botânicos licenciados no nosso país.
E tudo graças à Adagio!
Se me é permitido colocar a colher nesta grande panela de sucesso, aproveito para opinar o seguinte: equações matemáticas dentro dos ovos Kinder em vez de bonecos manhosos que dizem ser pintados à mão (pffff...).
Das duas uma: ou a malta subia para primeiro no ranking de inteligência da UE ou os putos davam cabo desta merda toda ao biqueiro...
De qualquer forma, obrigado Adagio!

sábado, outubro 28, 2006

A primeira de muitas obras... espero.

O Diplodocus Voador é o último dos dinossauros. Ele alimenta-se não só de plantas mas também dos nossos textos e obras... por isso, quero ver as suas mandíbulas a triturarem em segundos os trabalhos que vos demoraram horas (ou meses....) a fazer.
No entanto, e como presidente, quero dar o exemplo e colocar aqui a partir de hoje uma série de textos "humorísticos" que escrevo nas aulas do curso de escrita criativa. No caso de não terem piada, o que é bem possível, peço a vossa compreensão pelo facto de eu só ter 10 minutos para os escrever. De qualquer forma, espero que gostem.

1) CARINHOS DE MÃE

Este país nasceu de uma batalha sangrenta entre uma mãe e o seu filho.
Ora bem, será dos meus princípios e valores ou isto é uma péssima maneira para um condado, que se quer próspero, começar?!
A minha mãe também tem um feitio difícil, embora esteja a ficar melhor com a idade, mas eu nunca lhe ofereci porrada. E isto não é um orgulho que eu tenho, pura e simplesmente nunca me passou pela cabeça porque... sei lá... acho ERRADO!
A minha mãe, tirando um tabefe ou outro que concerteza mereci, também nunca quis andar à espadeirada comigo...
Às vezes imagino como poderia ter sido se a minha história tivesse semelhanças à do conquistador Afonso Henriques, numa das muitas cenas nas refeições da minha infância:

- Come a salada, André! - ordenava ela, paciente.
- NÃO GOSTO DISTO! - berrava eu a fazer birra.
- Come a salada, André! - insistia ela, já enervada.
- NÃO QUERO!
- ENTÃO SE NÃO QUERES REUNE AS TUAS TROPAS E ENCONTRAMO-NOS AMANHÃ NO CAMPO DE BATALHA PARA DERRAMARMOS SANGUE ATÉ À MORTE!!! Iremos chamar-lhe a batalha do miúdo malcriado que nunca quer comer a salada! É isso! Vá, fora daqui!

Ora isto nunca se passou comigo e ainda bem. Por outro lado, passou-se algo parecido com Afonso Henriques e Dona Urraca e nasceu Portugal. É mágica a História.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Acta Semanal 27 Out 06

Mensagem do nosso Presidente:

"Caros amigos e membros do núcleo ImaginArte:
Nestes dias que antecedem a nossa primeira exposição não quero deixar de felicitar os membros participantes pelo bom trabalho que está prestes a ser exposto. No entanto, alguns têm consciência que poderiam ter feito melhor e terão oportunidade para isso no futuro. O que não pode de forma alguma voltar a acontecer é a negligência com os prazos. Lembro que já há muito era para entregar as ilustrações referentes à galeria da AEFBAUL e hoje ainda foram entregues trabalhos. Esta situação não é benéfica para nós enquanto individuais e como grupo, como tal haverá mais rigidez em relação à entrega dos trabalhos para a exposição na Casa Fernando Pessoa. (..)"

Acta Semanal
- Proposta de Exercicio Piloto, testanto a nossa capacidade de Organização.
- Entrega dos Curriculum Vitae, para interessados no Projecto GameInvest
- Criação do Blog do ImaginArte
- Organização para Exposição na Galeria da AEFBAUL
- Ilustrações de Fernando Pessoa - Deadline 15 Novembro - Sem excepçoes

- Inserção de mais um membro para o Núcleo (Patricia).

Proxima Reunião
- Distribuição de Tarefas para o Exercicio Piloto

sexta-feira, outubro 20, 2006

Olá DiploAmigos!! Eis a recta final dos trabalhos pra a Exposição da Galeria da AEFBAUL (Segunda-Feira é o último dia para os apresentarem), e como não gostamos de estar parados, gostaria que na proxima reunião apresentassem esboços e ideias sobre a ilustração/bd sobre Fernando Pessoa - Data final ainda a decidir, mas rondará a segunda semana de Novembro.
Bem lá nos vemos ..

quarta-feira, outubro 18, 2006

A Génese

Olá chamo-me Diplodocus, e vou fazer-vos companhia durante umas eras.
Nasci da mente mágica de alguns artistas universitários, e vou ser a mascote de um grupo de Ilustração, BD e Argumento.

ImaginArte é um Núcleo de Ilustração pertecente à Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Somos um grupo de cerca de vinte elementos que nos reunimos para trocar ideias, informações, técnicas de desenho e muita boa disposição.
Este blog, vai ser a primeira etapa na construção do nosso site, onde vamos partilhar e comunicar as nossas ideias e opiniões, ou seja, ser mais um ponto de comunicação e ligação entre os elementos do Núcleo. Entretanto, enquanto não há site, este "cantinho" vai ser um lugar de passagem de informações vitais, sobre o que se passou nas reuniões, projectos, objectivos, debates, ideias pendentes, etc.




Proximas Exposições:
Galeria da AEFBAUL - a partir de 30 Outubro
Trabalhos e Ilustrações do Núcleo da ImaginArte