segunda-feira, janeiro 22, 2007

Portugal, doce nação.

Muita gente não sabe isto mas os políticos portugueses escondem guloseimas na sala da Assembleia da República fora da vista das crianças.
Porém, todo este secretismo é desnecessário porque as crianças não vão à sala da Assembleia da República nem vêem o canal de televisão por cabo ArTV, o canal do parlamento... As únicas alturas em que imberbes que não se chamam Marques Mendes visitam o grande centro dos debates da nação é quando são obrigados a fazê-lo pelas visitas de estudo da escola. Mas mesmo nessa altura o seu nível de concentração começa e acaba nos macacos do nariz que degustam enquanto enviam SMS jocosos uns aos outros. É rica a juventude neste país...
Bom, mas não querendo fugir ao assunto principal, existem, de facto, docinhos escondidos na Assembleia. Os políticos portugueses gostam deste secretismo e persistem ainda e sempre a ocultar frescos profiteroles, suculentas bavaroises e toda uma vasta gama de doçaria conventual debaixo das bancadas onde se sentam. E isto é cada vez mais evidente... não é raro assistirmos a intervenções da deputada Odete Santos interrompidas por algum camarada que a avisa para limpar a boca suja de açúcar... ou reprimendas de Francisco Louçã ao governo enquanto mastiga um generoso pedaço de bola de Berlim, o seu doce favorito.
Ora, tudo isto faz sentido porque, no fundo, os políticos portugueses não são mais que criancinhas grandes, mais uma vez excluíndo Marques Mendes neste ponto do grande. O governo e todos os seus constituintes são os filhos únicos: rabinos, egoístas e sempre a mentir à mãe, o eleitorado, para levarem a melhor. A oposição representa os primos afastados que somos obrigados a gramar em alturas como o Natal. Não fazem parte da família mas são impostos por algum parente que defende a igualdade entre todos, neste caso a democracia. Acontecem sempre grandes discussões entre os filhos únicos e os primos afastados porque não lhes reconhecem direito de ali estar e exigir brincar também. É raro haver paz nestas reuniões familiares, normalmente no fim do dia quem vai para a cama com uma enxaqueca monumental é a mãe, ou seja os eleitores.
Só os docinhos acalmam os políticos portugueses... eu não confio em políticos assim como não é qualquer pirralho que merece a minha confiança. Também já fui um e conheço as manhas todas...

Sem comentários: