Muita gente não sabe isto mas os políticos portugueses escondem guloseimas na sala da Assembleia da República fora da vista das crianças.
Porém, todo este secretismo é desnecessário porque as crianças não vão à sala da Assembleia da República nem vêem o canal de televisão por cabo ArTV, o canal do parlamento... As únicas alturas em que imberbes que não se chamam Marques Mendes visitam o grande centro dos debates da nação é quando são obrigados a fazê-lo pelas visitas de estudo da escola. Mas mesmo nessa altura o seu nível de concentração começa e acaba nos macacos do nariz que degustam enquanto enviam SMS jocosos uns aos outros. É rica a juventude neste país...
Bom, mas não querendo fugir ao assunto principal, existem, de facto, docinhos escondidos na Assembleia. Os políticos portugueses gostam deste secretismo e persistem ainda e sempre a ocultar frescos profiteroles, suculentas bavaroises e toda uma vasta gama de doçaria conventual debaixo das bancadas onde se sentam. E isto é cada vez mais evidente... não é raro assistirmos a intervenções da deputada Odete Santos interrompidas por algum camarada que a avisa para limpar a boca suja de açúcar... ou reprimendas de Francisco Louçã ao governo enquanto mastiga um generoso pedaço de bola de Berlim, o seu doce favorito.
Ora, tudo isto faz sentido porque, no fundo, os políticos portugueses não são mais que criancinhas grandes, mais uma vez excluíndo Marques Mendes neste ponto do grande. O governo e todos os seus constituintes são os filhos únicos: rabinos, egoístas e sempre a mentir à mãe, o eleitorado, para levarem a melhor. A oposição representa os primos afastados que somos obrigados a gramar em alturas como o Natal. Não fazem parte da família mas são impostos por algum parente que defende a igualdade entre todos, neste caso a democracia. Acontecem sempre grandes discussões entre os filhos únicos e os primos afastados porque não lhes reconhecem direito de ali estar e exigir brincar também. É raro haver paz nestas reuniões familiares, normalmente no fim do dia quem vai para a cama com uma enxaqueca monumental é a mãe, ou seja os eleitores.
Só os docinhos acalmam os políticos portugueses... eu não confio em políticos assim como não é qualquer pirralho que merece a minha confiança. Também já fui um e conheço as manhas todas...
segunda-feira, janeiro 22, 2007
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